Ameaça de Morte

Ontem, as 21:38hs, eu estava na Rua Clodoaldo Avelino, junto com Jó Macedo. Fui à rua chamado por Jó para tentar ajudá-lo a acalmar uma situação na qual o candidato a vereador da oposição denominado Alécio seguia um grupo de mulheres que faziam campanha para os candidatos apoiados pela “situação”.

Ao chegar à rua, Jó foi conversar com o Alécio e eu fiquei distante de Jó, conversando com as mulheres do grupo do 15.

Não falei nada com esse Alécio, não o vi, nem sequer troquei uma palavra com ele, nem com ninguém da oposição.
Após Jó conversar com o Alécio, pedi que as mulheres saíssem do local, que fosse para o Comitê. Foi então que vi, do outro lado da rua, uma família de amigos na porta da residência. Atravessei a rua e fiquei de costas para a rua, de frente para casa, conversando com eles.

Para minha surpresa, quando eu estava conversando com essa família, um rapaz de nome Michael Oliveira veio por trás de mim, pegou no meu braço e me disse três coisas: “é assim que vocês querem ganhar as eleições? eu te pego, eu te mato”.

Até então não havia visto esse rapaz. Não falei com ele. Sequer sei de onde esse rapaz apareceu.

Após a ameaça ele se afastou e foi contido por três pessoas que também estavam no local aguardando Jó Macedo.

Mal conheço esse rapaz. Só falei com ele uma vez na vida, 60 dias atrás, dentro da Prefeitura, quando o recebi em audiência. Nessa audiência ele me pediu um emprego no SAAE e até me deixou por escrito um relatório com os seus projetos para o SAAE.

De lá pra cá, nunca mais o vi. Nem falei com ele.
Conheço bastante a família dele. Sou muito amigo dos pais deles. Gosto muito dos pais. Mas, tive apenas um contato com ele, como mencionei há pouco.

Após o episódio, algumas pessoas vieram me dizer que eu relevasse o caso, pois se trata de um revoltado, um rebelde sem causa que esta sendo influenciado por terceiros.  Entretanto, achei por bem ligar para o pai do rapaz e comunicar o fato. Avisei também que iria a delegacia registrar um boletim de ocorrência.

Portanto, dei satisfação à família e fui à delegacia relatar o ocorrido. Relatar a verdade.

Agora, fico pensando o seguinte: já imaginou se esse rapaz tivesse ido ameaçar o prefeito de Xique-Xique uns dez anos atrás? Época em que Xique-Xique vivia um período onde o prefeito andava com capangas armados. Com certeza esse jovem, no mínimo, receberia uma surra. Fato que nem de longe passou por minha cabeça ontem. Os tempos são outros, o prefeito também.

Todos nos sabemos que estamos vivendo um período de eleições municipais e que nesses momentos os ânimos ficam um pouco mais exaltados. Mas, não é por conta disso que vamos aceitar agressões gratuitas, muito menos ameaças de morte.

Acho engraçado que 60 dias atrás esse rapaz foi a Prefeitura pedir emprego. Foi calmo, manso, numa educação digna de elogios. Agora, meses depois me aborda na porta de amigos com agressividade e ameaças.

Não sabe esse rapaz que temos que respeitar todo e qualquer cidadão. Que eu não estou momentaneamente no cargo de Prefeito só por minha vontade. Estou neste cargo fruto do voto popular e da vontade de Deus. A Bíblia ensina a todos nos Cristão que toda autoridade constituída na Terra é por vontade de Deus.

Perguntem a esse rapaz se ele foi mal tratado dentro da Prefeitura?

Perguntem a esse rapaz se eu falei com ele ontem, ou foi ele que me abordou?

Perguntem ao Alécio se ontem eu falei algo com ele? Se eu abordei ou pelo menos falei com alguém da “oposição”?

Não falei com ninguém da “oposição”, apenas conversei com algumas mulheres do grupo do 15 e com essa família de amigos que residem na rua Clodoaldo Avelino.

É por isso que Oro a Deus todos os dias para que o tempo de violência não volte. Para que a época em que a Prefeitura era “patrocinadora” da violência não volte mais.

Eleição passa. Ganha quem tiver mais votos. Só não podemos mais imaginar que um dia a violência volte a Xique-Xique.

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